Castas privilegiadas, dinheiro público e desinformação
Com o advento internet, a situação financeira das antigas ‘grandes empresas de mídia‘- sejam elas televisões, jornais ou revistas- ficou bastante delicada. Pela concorrência com os influenciadores digitais, cujos produtos na maioria das vezes chegam ao grande público de forma gratuita, os faturamentos dessas empresas sofreram reduções expressivas. Os governos com baixa popularidade encontraram nessa situação uma oportunidade de fazer com que essas empresas colaborem com os seus objetivos, pouco republicanos. A maioria destes governos, sem limitação de gastos destinados a campanhas publicitárias para promoção das suas gestões, encontraram um argumento convincente para determinar a postura política dessas companhias “ou elas desinformam do jeito que os governos sem popularidade querem, ou deixarão de faturar vultuosas quantias de dinheiro público”. Da mesma forma, os jornalistas ‘amigos’ que fazem ‘propaganda disfarçada’ do governo, ou seja desinformação, são beneficiados no rateio das grandes quantidades de dinheiro que esses governos sem popularidade costumam gastar com publicidade.
Mas os jornalistas não são as únicas castas regadas a grandes quantias de dinheiro dos contribuintes. Desde o século passado, começamos a perceber que muitos artistas e celebridades se posicionavam politicamente, cada vez com mais frequência, apoiando ou criticando um determinado político ou governo, a depender do lado político que esse político representa. Inesquecíveis os comentários sobre incêndios na Amazônia de Leonardo di Caprio ou a cantora Madonna, contra o governo do Brasil em setembro de 2019, quando ataques encheram as redes sociais do mundo todo, para surpresa dos brasileiros que vivem na região, que não viam esses incêndios. A situação foi tão “ficticia” que esses dois artistas tiveram que usar uma foto de 30 anos antes nas suas postagens, pois não havia fotos dos incêndios reais, de tão escassos que eram. A posição desses dois artistas, naquela ocasião, contrasta com o seu silencio atual, quando os incêndios na região bateram todos os recordes, comprometendo a qualidade do ar de Manaus, a maior cidade da região, durante meses, situação esta denunciada pelo artista Alok. que esteve fazendo shows na região e que parece não precisar de dinheiro público, pois prometeu doar parte do seu lucro no show, para amenizar a situação da população.
Assim, essas castas, que tem mais voz e influencia na sociedade, passam a ter uma vida de luxo graças à grande quantidade de dinheiro público que recebem, enquanto iludem o povo, para que o governo de turno pareça ter um apoio popular, que de fato não tem, mas que pode render bastantes votos nas eleições, permitindo que se mantenha no poder para dar continuidade a essa política de distribuição de recursos, deixando as castas privilegiadas cada vez mais ricas e o povo cada vez mais pobre.
Deveríamos estranhar que esses artistas e celebridades, com um poder aquisitivo muito distante da maioria da população, insistam em se posicionar e influenciar politicamente, aparentando entender os problemas pelos que a população sofre no dia a dia.
Outra casta que na maioria dos países tem mudado o foco de atuação, foi a castas dos sindicalistas. Pouco a pouco vimos muitos sindicatos se calarem enquanto os trabalhadores perderam poder aquisitivo ou foram aprovadas leis que supunham perdas de direitos trabalhistas ou previdenciários, desde que os governos de turno regassem suas contas com grandes quantias de dinheiro público ou permitissem os descontos e contribuições, diretamente do bolso dos trabalhadores. Em alguns países da Europa a idade de aposentadoria está em 67 anos, para homens e mulheres, mas os governos já falam em aumentar, para cobrir os rombos orçamentários com guerra da Ucrânia ou com as despesas provocadas pela recepção das ondas de refugiados africanos, que chegam todo ano ao continente. Sempre o cidadão comum paga com seu suor e sua saúde a conta da gastança do dinheiro público. Fica o alerta para os ‘isentões‘ que dizem não gostar de política.
Normalmente também esta incluído nesse pacto, entre as classes privilegiadas e os governos impopulares mas muito generosos em distribuir dinheiro público, o intenso ataque ao candidato de oposição, normalmente mais popular, até porque sendo menos condescendente com a gastança desenfreada, nas suas gestões sempre chega mais dinheiro para o povo. Os ataques aos candidatos de oposição, sempre que possível adjetivados com palavras como fascista, nazista, racista, machista, etc, costumam lembrar os dois minutos do ódio, citados no livro ‘1984’, de George Orwel.
Assim, essas castas, que tem mais voz e influencia na sociedade, passam a ter uma vida de luxo graças à grande quantidade de dinheiro público que recebem, enquanto iludem o povo, para que o governo de turno pareça ter um apoio popular, que de fato não tem, mas que pode render bastantes votos nas eleições, permitindo que se mantenha no poder para dar continuidade a essa política de distribuição de recursos, deixando as castas privilegiadas cada vez mais ricas e o povo cada vez mais pobre.
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